CÔNEGO
ANTÔNIO MANUEL DE SOUSA CONSTITUINTE: 1822 NA PROVÍNCIA DO CEARA
O Cônego Antônio Manuel nasceu em Jardim do Seridó no Estado do Rio Grande do Norte em 21 DE ABRIL DE 1776. Filho de José Soares de
Lemos e de Maria Geralda de Sousa. Faleceu a 5 de setembro de 1857 em Jardim.
Ordenou-se em Olinda em 1800. Vigário de APODI/RN de 1801 a 1808. Primeiro Vigário Colado de
Jardim, onde permaneceu de 1816 a 1857. Membro do governo provisório de 1823.
Cavaleiro de Cristo, cônego honorário da Capela Imperial. Deputado Geral à
Constituinte de 1823, não chegando a tomar assento. Essa Constituinte foi
dissolvida por decreto de 13 de novembro de 1823. Vigário interino de Aquiraz
em 1839, regressando em 1846 a Jardim, já velho, cego e paupérrimo, pois o que
ganhava destinava à Igreja.
Em 1831, foi um dos
protagonistas do episódio conhecido como Sedição de Pinto Madeira. Foi um
conflito violento entre a vila do CRATO , liderada por liberais
republicanos (destacando-se a família Alencar) e a de Jardim, dominada por JOAQUIM
PINTO MADEIRA , o qual, junto com o padre, eram filiados à Coluna do
Trono e do Altar, sociedade secreta sediada em Recife, fundada em
1828, que, mancomunada com o PARTIDO RESTAURADOR , tinha por objetivo
disseminar a causa REGRESSISTA e TRADICIONAIS no norte do país.
Havia muito as relações entre as duas vilas estavam desgastadas em razão do
antagonismo ideológico-político de suas elites. Durante o Primeiro Reinado ,
Pinto Madeira, fiel ao poder central, trabalhou na repressão de sublevações
liberais e republicanas encabeçadas pela família Alencar no Crato, como a
REVOLUÇÃO DE 1817 e a CONFEDERÇÃO DO EQUADOR e a . Tal fidelidade ao
imperador valeu a Pinto Madeira o reconhecimento por parte do governo e, por
ato de novembro de 1824, foi nomeado comandante geral de Armas do Crato e
do Jardim. Todavia, com a queda de Pedro I, a partir de articulações do Crato
com o governo interino da província, desencadeou-se perseguição aos
jardinenses. Não só tiraram as honrarias de Pinto Madeira como decretaram sua
prisão e anunciaram DEVASSA aos jardinenses, argumentando a
necessidade de se combater a "conspiração restauradora em movimento".
Sabedora dos preparativos que se faziam no Crato para uma expedição a Jardim,
com o objetivo de levar à cadeia o famoso coronel de milícias, a câmara
jardinense organizou um força, com o auxílio do vigário, a qual foi confiada ao
comando do próprio caudilho. O exército “pintista” deixou Jardim a 17 de
dezembro de 1831; bateu os legalistas no Sítio Buriti e no dia seguinte ocupou
a vila inimiga, cuja população fugiu apavorada.
O padre armou seus
correligionários com cacetes de madeira que a ele eram conduzidos para
benzê-los. Dada a grande quantidade de cacetes que se prenunciava para receber
a bênção, utilizou-se da ágil prática de escolher uma mata inteira de onde
seria retirada a madeira para a confecção dos cacetes e pronunciou a sua benção
sobre a mata. Em decorrência deste fato, passou a ser chamado
de Benze-Cacetes. A rebelião foi sufocada em outubro do ano seguinte.
Pinto Madeira foi preso e condenado à morte, em julgamento cuja parcialidade
escandalosa foi reprovada no parlamento imperial. O padre Antônio Manuel, no
entanto, foi absolvido.
De 1839 a 1846 , foi
vigário interino de Aquiraz , período em que perdeu a visão,
retornando depois para Jardim, a qual paroquiou até sua morte. A casa em que
viveu é conservada por aquele município como monumento histórico
FONTE – WIKIPÉDIA E INTERNET
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